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Nossas redes
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Silmara Silva

“A pessoa é para o que nasce”, é realmente o provérbio popular que melhor define a homenageada dessa semana, é uma das atrizes piauienses de maior expressão na atualidade, Silmara Silva. Além de atuar, a atriz natural de Teresina, é também diretora e estatuísta, e agora se aventura no mundo da música com o “De última Pocket Show” projeto desenvolvido pelo Piauhy Estúdio de Artes, grupo do qual ela faz parte. Silmara tem 17 anos de carreira, e durante esse tempo já realizou diversos trabalhos, entre os quais destacam-se o espetáculo de Dança -Teatro “Hospício Poético” (2009), “O Auto da Folia dos Reis” (2011), pelo qual ganhou o prêmio de melhor atriz do teatro piauiense nesse mesmo ano, e “Exercício sobre Medéia” (2013), o poderoso monólogo que lhe rendeu dois prêmios de melhor atriz, em 2014, na premiação melhores do Teatro Piauiense, e em 2015, no 4º Festival de Teatro de Floriano (PI). A dedicação de Silmara pelo aprimoramento constante, sua busca por entender o “ser” atriz, e, sobretudo, o desejo de tocar a alma humana com sua arte, a tornaram referência para jovens atores e atrizes piauienses. Silmara Silva é uma “operária da arte”.

“Converse pouco, trabalhe muito.” Silmara Silva

Nome Completo: Silmara Pereira da Silva

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Descrição: Atriz e diretora

Data de Nascimento: 30/04/1983

Local de Nascimento: Teresina-PI

O primeiro contato da atriz Silmara Silva, com o teatro, foi aos 15 anos, ainda na escola. No começo, Silmara buscou conhecer silenciosamente as pessoas que compunham o cenário teatral teresinense, indo a eventos que faziam parte da programação cultura da cidade, e tentando se situar no ambiente em que estava imergindo. Sua história profissional começa, de fato, com a atuação no espetáculo infantil “Circo Desmontado” (2000), do Dramaturgo piauiense Raimundo Dias, dirigida pelo diretor Roger Ribeiro, do Grupo Proposta de Teatro, de Timon-MA. A partir desse momento, além de precisar lidar com os desafios pertencentes ao universo profissional do teatro, que já não são poucos, a atriz teve de enfrentar o fato de sua família não aceitar seu ofício. Lá no início, antes de se estabilizar em montagens profissionais, a menina sonhadora, filha de empregada doméstica, trabalhou exaustivamente na busca por aprender cada vez mais sobre o fazer teatral, e realizava simultaneamente trabalhos de malabarista, pirofagista e panfletagem nos sinais de trânsito. Silmara fala com orgulho de todas as dificuldades enfrentadas, e de todas as experiências vividas nessa fase de sua vida, pois além de terem lhe servido como escola, foram importantes principalmente por lhe permitirem resistir, ainda hoje, aos desafios, que é ser artista no Piauí. A operária da arte continua trabalhando incansavelmente, pois diz ter certeza de que nasceu para o teatro, e que só assim se sente existindo verdadeiramente.

Mergulho no ofício de atriz

Nesses 17 anos exercendo seu ofício, Silmara Silva sempre buscou extrair o máximo de si mesma, estudando incansavelmente em sua pequena biblioteca de teatro, e repensando a cada passo o seu “fazer teatral”. A atriz passou por alguns grupos de teatro ao longo dessa jornada de autoconhecimento, como Grupo Proposta, Grupo Personas, e Grupo Corpos, até se encontrar com seu grupo atual, o Coletivo Piauhy Estúdio de Artes. Silmara reúne em seu currículo uma série de espetáculos, e entre eles, o já citado, Hospício Poético (2009), espetáculo de Dança-Teatro, que trazia um olhar e uma escuta afinada em cima dos transtornos mentais, com direção e encenação colaborativa entre ela e os bailarinos Datan Yzaká e Paulo Beltrão, tendo sido apresentado em vários casas de espetáculo do Piauí. Trabalhos como esse mostram o esforço da atriz em entender a alma humana, levando aos palcos discussões e reflexões. Silmara se interessa muito na troca entre ator e espectador, e nos bons frutos que podem ser colhidos a partir disso. Sua procura é, sobretudo, por um teatro com criatividade e personalidade, fundamentado em estudos e principalmente muito esforço e disciplina. Segundo a atriz, é preciso aprofundar questões, pois o teatro tem um papel muito importante na construção humana. E é por acreditar nisso que ela luta juntamente com outros artistas pela implantação do tão sonhado curso de Artes Cênicas em Teresina.

O teatro que rompe barreiras

A atriz Silmara Silva já teve oportunidade de levar o seu trabalho para diversos palcos por todo o Brasil. Prova disso, foi a sua circulação pelo Norte-Nordeste do país, com o premiado espetáculo infanto-juvenil “O Auto da Folia de Reis” (2010), com direção de Adalmir Miranda, do grupo Corpos de Teatro. Esse trabalho a consagrou com o título de melhor atriz de 2012, na premiação dos Melhores do Teatro Piauiense. Silmara também escreveu e atuou em “Infância” (2011), montagem premiada no 1º Festival de Cenas Curtas-OPEQ. E ainda na linha de espetáculos infantis, dirigiu e adaptou o espetáculo “Circo saltimbancos” (2012), baseado no texto “Saltimbancos”, de Chico Buarque. Para a atriz, o teatro infantil, antes tido como ingênuo, evoluiu satisfatoriamente em todos os aspectos, e deve ser visto de uma maneira diferenciada. Esse tipo de teatro tem a função principal de discutir valores humanos como a bondade, solidariedade, honestidade e amor, e precisa ser tratado com tanto profissionalismo quanto os demais gêneros teatrais, por ter a responsabilidade de dialogar diretamente com um público em desenvolvimento, auxiliando na formação do caráter e educando para a vida

“Ela é mulher piauiense, com coro de bode e nasceu para mostrar que essa força transcende.” Silmara Silva

Exercício sobre Medeia

Carreira estabilizada, prêmios recebidos, sucesso de crítica e público, Silmara Silva já tinha tudo isso quando resolveu se lançar rumo ao desconhecido, por sentir a necessidade gritante de descobrir novos caminhos que dessem o verdadeiro sentido à sua arte. Foi para resolver os conflitos pelos quais passava que surgiu “Exercício sobre Medéia” (2013), com direção de Adriano Abreu, e realização do Coletivo Piauhy Estúdio de Artes.  O espetáculo levou um ano para ser montado, e durante esse período, a atriz treinou exaustivamente o corpo e a mente, para adquirir o condicionamento físico e psicológico, que resultaram, em cena, na sua poderosa personagem. Todo o esforço valeu a pena, Silmara já foi duplamente agraciada com o troféu de melhor atriz por esse trabalho marcante, que contribuiu pela inovação que impôs na linguagem do teatro piauiense. A peça já foi encenada em vários palcos, como no Rio de Janeiro (2015), e Ceará, durante participação no 23º Festival Nordestino de Guaramiranga-CE (2016).  E ainda no ano passado, desembarcou em Mindelo (Cabo Verde), para participar da 22.ª edição do Festival Internacional de Teatro do Mindelo (Mindelact). “Exercícío”. O trabalho volta a ser apresentado nos palcos de Teresina, em Março, numa temporada de quinta a domingo no Espaço Sobrado. É um trabalho primoroso e potente, que vale a pena conferir.

A Operária da arte

“Converse pouco, trabalhe muito” é a primeira dica da atriz Silmara Silva para quem pensa em ser artista no Piauí. E disso ela entende bem, pois como já dissemos, teve que lidar com a descrença da própria família ao seu trabalho. Foi preciso e ainda é, trabalhar muito para provar que é possível, sim, ser artista no Piauí. É isso mesmo! Quem imagina que a vida de artista só é feita de glórias e lindos espetáculos, se engana. Se fatores históricos e culturais são barreiras para os artistas brasileiros, no estado do Piauí, essas barreiras são ainda maiores. Para a atriz, é preciso vencer as adversidades diariamente, e acima de tudo, seguir respeitando a profissão, sem se importar com a fama ou o sucesso, tendo como principal preocupação o exercício digno do ofício. É preciso, sobretudo, existir para a arte. Silmara acredita que com a implantação do curso de Artes Cênicas em Teresina, será possível dialogar com a cena local, o que provocará um crescimento tanto intelectual quanto estético, uma vez que o teatro contemporâneo sobrevive de pesquisa para se fortalecer.

Garimpando o mundo das artes

Fechamos essa semana de homenagens à Silmara Silva, dizendo que ela é sim, uma operária da arte. A menina que anotava as agendas culturais que passavam na tv, ou eram publicadas em jornais, e que começou timidamente a frequentar os teatros, conhecer pessoas, trabalhou exaustivamente para levar adiante seus sonhos de sobreviver de arte. Viajou o Brasil, participou de vários festivais, e foi até para a África. Silmara ousou sonhar, e segue da mesma forma, com o insaciável desejo de conhecer o universo teatral, sua espiritualidade, sua técnica, seu amor e emoção. É possível perceber a preocupação que  Silmara possui em saber como sua arte vai chegar até o público, onde vai tocá-lo, influenciá-lo, magoá-lo ou transformá-lo. Se inspirando em nomes como como Marcelo Flecha (Coordenador da Pequena Companhia de Teatro -MA), Lari Sales (Atriz e presidente do Sindicado dos Artistas), Lorena Campelo e Edithe Sampaio, a atriz segue na sua busca, tentando tocar a alma humana com sua verdade, ao dizer para a humanidade que existe, que está disposta a servi-la, através dessa arte que cura É nessa troca que está o alimento de que ela necessita para a alma. E Silmara segue trocando, trabalhando incansavelmente. É esperar para ver os frutos de cada uma dessas buscas, pois como Silmara Silva disse “Ela é mulher piauiense, com coro de bode e nasceu para mostrar que essa força transcende”. Evoé, Silmara!

Contatos

http://facebook.com/silmara.silva.393

http://instagram.com/silmarasilvapi

Fotos

Vídeos

 

Espetáculos

Memórias Póstumas de Brás Cubas (2000);

Morte e Vida Severina (2000);

Circo Desmontado”(2001);

Homem Terra” (2003);

Faces (2004);

Assombrações (2005);

Ulisses entre o amor e a morte (2007);

Hospício Poético (2009);

O Auto da folia dos Reis (2010);

Exercício Sobre Medéia (2013);

Leituras dramáticas (2013);

De última Pocket Show

Hospício Poético (2009)

Infância (2011)

Auto de Natal (cidade de União PI) (2011)

Artista na dor (2011)

Circo Saltimbancos (2012)

Outras fontes

https://www.meionorte.com/blogs/culturaeturismo/piauiense-silmara-silva-vai-ao-rio-abrir-o-projeto-grandes-minorias-com-medeia-315629

http://www.gp1.com.br/noticias/silmara-silva-atriz-piauiense-se-apresenta-em-porto-velho-259166.html

 

Última atualização: 12/02/2017

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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Ver comentários (3) Ver comentários (3)
  1. Uma atriz arretada. O pé se firma na terra, ela enreda um passo de tango, mas aí a força a enraiza nesta vivência telúrica da arte. E se entrega, e não tem medo!
    Fico orgulhoso de ver as fotos de sua leitura de um texto meu ainda cru, na elaboração pela elocução e pelo o corpo da atriz. Foi perfeito o passeio pela dor de “Germano”, essa figura ora corajosa ora covarde. E Silmara se entregou sem medo. E me deu o presente de apurar o texto, de ver o texto, como se fosse uma manobra da locura ou do absurdo. Mas lá estava ela, se descontruíndo nesta personagem ainda sem pele. E como um artrópode, que acabou de perder seu exoesqueleto, ela surge com outra couraça.
    Obrigado pela sua forte, sublime e ilumanada existência.
    Roberto Muniz Dias

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