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Nossas redes
Nossas redes

Infância, de Marcos Freitas

     correndo sobre os muros vizinhos
fugindo aos estrepes de cacos de vidros
até atingir ruinarias casas abandonadas
(intermináveis disputas cartoriais de heranças)
assentadas sobre lajens fraturadas

     percorrendo oficinas de carros velhos
atrás de rodas para os carros de rolimãs.
correndo descalço em campos de terra batida
atrás de bolas velhas de couro rasgado.
escolhendo talos de cocos de cercas divisórias
para os futuros papagaios suras, coloridos.
sempre correndo, nunca parado.
sempre aprontado, algo.

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